terça-feira, 1 de abril de 2008

Hábitos alimentares saudáveis

No dia 30 de Março de 2008 foi publicada, na revista "Notícias Magazine" uma entrevista a um professor da nossa faculdade, professor Pedro Moreira.
O tema central da entrevista foi a importância de criar hábitos alimentares saudáveis. O professor Pedro explica então muitos conceitos importantes no que diz respeito à nutrição.
É de conhecimento geral que a população portuguesa cada vez mais apresenta elevados índices de obesidade e principalmente entre as classes mais pobres, isso devesse ao facto de pessoas menos escolarizadas consomem poucos produtos hortícolas e fruta. Também o facto da alimentação obrigar ao gasto duma maior despesa pode ser uma das causas de uma tão má alimentação, visto que uma alimentação saudável é mais cara.
Uma vez que doenças relacionadas com a má alimentação são um problema de saúde pública é necessário um maior número de nutricionistas no SNS para lhes fazer frente. De grande importância é também a educação e esta deve ser iniciada junta das classes mais jovens, os pais e o próprio município são de extrema utilidade uma vez que as crianças aprendem muito com o seu meio envolvente e estes são cruciais na sua educação nutricional uma vez que é essencial criar hábitos saudáveis. Os sabores, aromas, texturas dos alimentos bem como a temperatura a que estão são determinantes para o prazer do indivíduo, e no seu conjunto com o prazer decorrente da ingestão designam a chamada palatabilidade.
Os alimentos podem ser incutidos de maneira a torná-los mais apelativos, da mesma forma que podemos substituir alimentos com gorduras saturadas (responsáveis por doenças cardiovasculares) por alimentos com gorduras insaturadas que são mais benéficas ao organismo e também podemos substituir o sal por coentros, cebola, pimentos, alho, salsa, …, que tornam os alimentos mais saborosos e perfumados.
Para pessoas que não têm tempo a perder na cozinha as refeições prontas ou quase prontas são muitas vezes a solução encontrada, por uma questão apenas de conveniência, é então fundamental analisar a rotulagem dos mesmos para se saber o equilíbrio do alimento. Como a maior parte de nós tem que efectuar a sua alimentação fora de casa as alternativas dadas pelas cadeias de fast food são importantes uma vez que dão alternativas saudáveis para o consumidor.
Os alimentos ditos funcionais são alimentos que ajudam na prevenção de doenças tais como a hipertensão e o colesterol. Estes alimentos podem ser divididos em prebióticos, probióticos e simbióticos. Os prebióticos são alimentos que têm “um ingrediente que vai actuar na flora intestinal para desencadear algum tipo de modificação benéfica”, os probióticos têm “incluídas as espécies microbianas que vão permanecer vivas até chegar ao nosso intestino e criar equilíbrios de forças que favorecem o crescimento de espécies consideradas mais benéficas para o organismo” e os simbióticos são os prebióticos e os probióticos em simultâneo. Neste tipo de alimentos não devemos descorar da sabedoria empírica uma vez que esta é responsável por rituais alimentares saudáveis ao longo de milhares de anos. A epidemiologia nutricional trouxe muitos conhecimentos e permitiu saber, por exemplo, que quem comia mais hortofrutícolas tinha menos cancro ou doença cardiovascular. Não se deve recorrer a suplementos de qualquer tipo sem prescrição médica, pois podem tornar-se sérios problemas para o individuo que os toma.
É importante realçar que se muitas vezes as dietas não surtem o efeito pretendido porque a maioria das dietas só contempla a perda de peso e não o da manutenção do peso que se atingiu. Além disso as características hereditárias são também um factor importante na perda de peso.
Em suma, estes foram alguns dos aspectos referidos pelo professor Pedro Moreira na sua entrevista.

1 comentário:

Anónimo disse...

olá venho por este meio comunicar que este blogue não explica nada do que é pretendido muito obrigado e adeus