quarta-feira, 26 de março de 2008

Vontade de comer e o valor calórico dos alimentos

Na edição nº890- Ano 7 do Destak, está presente uma notícia com o título de "Vontade de comer não está apenas associada ao sabor dos alimentos". Esta cita um estudo publicado na revista Neuron onde é revelado que o cérebro consegue detectar o valor calórico dos alimentos.
Segundo este estudo internacional, onde participaram investigadores portugueses, para além de o sabor doce funcionar como um determinante na vontade de comer, o cérebro possui mecanismos para detectar o valor calórico dos alimentos.
O estudo baseou-se na ingestão de substâncias doces, umas que possuiam sacarose diluída, e outras contendo adoçante. Estas substâncias foram ingeridas por ratinhos de laboratório geneticamente modificados,que não tinham a capacidade de sentir sabores. Verificou-se que mesmo não sentido os sabores, os animais preferiam a substância que continha a sacarose, assim, mesmo na ausência de paladar os animais foram capazes de escolher as substâncias doces, mas que tinham conteúdo calórico.
Os cientista mediram o nível de dopamina, neurotransmissor presente no cérebro que está envolvido na recompensa sentida no momento da ingestão de alimentos, associada à sensação de prazer. Constataram que mesmo sem sabor, a libertação de dopamina era maior quando ingeriam sacarose do que com o adoçante. Isto demonstra que o sabor doce é suficiente para libertar a dopamina, mas as calorias por si só também são.
Esta investigação pode ajudar a compreeensão dos comportamentos de alimentação compulsiva, mesmo quando não há fome.

terça-feira, 25 de março de 2008

A conta certa de fibras

Uma alimentação equilibrada deve conter entre 25 a 30 g de fibra diárias. Aqui ficam alguns exemplos para ajudar fazer as contas e manter-se em boa saúde:
1 maçã= 3,3 g
1 pêra= 5,1 g
1/2 chávena de brócolos= 2,6 g
1/2 chávena de cenouras= 2,3 g
1/2 chávena espinarfes= 2,2 g
1 batata = 2,3 g
1/2 chávena de feijão= 5,7 g
1 fatia de pão= 1,9 g
1 chávena de arroz= 0,6 g

Adaptado de "Farmácia Saúde"

segunda-feira, 24 de março de 2008

Vitamina D na infância ...


"Tomar suplementos de vitamina D na infância diminui o risco de desenvolver mais tarde diabetes tipo 1, sugere uma análise que verificou os resultados de cinco outros estudos já publicados.

A análise, publicada na revista “Archives of Disease in Childhood”, diz que o risco diminui 30 por cento nas crianças que tomam vitamina D, em comparação com as que não tomam o suplemento. A

Além disso, a exposição solar também ajuda a diminuir o risco. Os especialistas referem que as taxas de diabetes tipo 1 variam muito consoante a latitude e níveis de exposição solar dos países.

Por exemplo, uma criança na Finlândia tem um risco 400 vezes superior de desenvolver diabetes, em comparação com uma criança da Venezuela.

A incidência de diabetes tipo 1 está a aumentar três vezes ao ano, estimando os especialistas que taxa aumente 40 por cento entre 2000 e 2010."



Notícia publicada dia 24 de Março de 2008 em www.sapo.pt

A alta ingestão de gordura está relacionada à etiologia do cancro?

A resposta à 2ª sondagem é SIM.

As gorduras podem contribuir para o aparecimento de cancros. Pois vão exercer influência sobre o sistema imune e sobre a síntese de prostaglandinas, afectando, dessa forma, o crescimento do tumor.

Também pode estar associada de maneira indirecta com este tipo de doença, por induzir a obesidade, que é um factor de risco para o aparecimento de cancros. Um estudo realizado acerca da mortalidade por cancro e o padrão alimentar nas diferentes localizações geográficas permite verificar a relação entre os tipos de gordura (particularmente os ácidos gordos saturados e insaturados) e o cancro, porém os resultados são controversos. De maneira geral, a redução na ingestão total de gordura, já contribui para a redução da mortalidade induzida por esta doença, para a população em geral.

Há muitos trabalhos que indicam que o consumo aumentado da gordura está relacionado com a etiologia do cancro, como no trabalho realizado em modelo experimental de Kolonel, que mostrou que o aumento da ingestão de gordura está relacionado com o crescimento de tumores de mama e cólon, e o inverso, a redução no consumo de gordura, diminuiu o tumor. Por outro lado, há trabalhos que não controlam a ingestão calórica total e a ingestão de gordura separadamente, deixando em dúvida se os resultados estão relacionados com a ingestão energética total, mais que o consumo de gordura. Além disso, os resultados de estudos realizados em modelos experimentais são muito variáveis, não podendo ser transferidos directamente para humanos. Ainda assim, segundo as recomendações da Sociedade Americana de Cancro, do Instituto Nacional de Cancro norte-americano e da Associação Norte-Americana de Cardiologia, é prudente manter uma ingestão de gordura dietética entre 20% e 25%

segunda-feira, 17 de março de 2008

A perda de peso em crianças obesas, prejudica o seu crescimento?

Ora bem, a resposta à 1ª sondagem, é efectivamente NÃO. A explicação surge no facto de habitualmente as crianças obesas serem mais altas que crianças não obesas, uma vez que também alcançam o auge do crescimento mais rapidamente do que as crianças não obesas. No entanto, a altura dos pais também deve ser considerada factor determinante na estatura da criança.
Estudos mostraram que crianças que receberam tratamento para obesidade apresentaram padrão normal de crescimento, comparado com a altura dos pais, após cinco anos de acompanhamento.
A partir deste momento fica aqui uma nova sondagem “A alta ingestão de gordura está relacionada à etiologia do cancro?”, à qual responderemos na próxima segunda-feira ! Espero que votes!

sábado, 15 de março de 2008

Quando os magros querem engordar...


Tal como há obesos,ou simplesmente pessoas com umas gordurinhas a mais, a quererem perder peso, também há pessoas magras que pretendem o efeito contrário...ganhar uns quilinhos!!!Embora para quem tem peso a mais, seja difícil compreender como é que alguém que não consegue ganhar peso se sente infeliz com isso, a verdade é que isso acontece!Existe muita gente, que não têm as curvas que desejam, e por mais que comam, não gostam de se olhar ao espelho nem de serem chamadas de « magricelas» ou «anorécticas».Por isso, muitas vezes recorrem a técnicos de saúde especializados, para conseguir as curvas que tanto desejam...
Alguns dos casos podem dever-se a patologias da tiróide como o hipertiroidismo, a uma assimilação deficiente por parte do organismo, mas, a maioria dos casos resulta da ansiedade em que a a nossa sociedade vive constantemente (embora o stresse e a ansiedade por norma conduzam a um aumento de peso, nalgumas pessoas geram diminuição).
Assim,quem quer engordar não deve pensar que a solução passa por fazer uma dieta hipercalórica, que inclua mais açúcar e gordura,mas sim, investir numa dieta equilibrada e em exercício físico que permita aumentar o volume dos músculos e evitar a flacidez e os «pneus» que pode gerar um aumento súbito de peso. A natação, musculação e BodyPump são alguns dos exercícios mais recomendados para o efeito.

CONSELHOS PARA ENGORDAR SAUDAVELMENTE:
  • Não saltar refeições e tomá-las em horários mais ou menos fixos, afim de que se torne um hábito;
  • Comer devagar, num lugar tranquilo e sem barulho;
  • Enriquecer caloricamente todas as refeições habituais, mas com alimentos saudáveis. Tomar, por exemplo, o leite da manhã com mel ou adicionar aos cereais alguns frutos secos;
  • Evite comer fora do horários das refeições. Pois, algumas pessoas perdem a fome se comerem algo antes do almoço.Prefira fazer poucas refeições, mas bem feitas;
  • Tomar água em pequenas quantidades durante todo o dia. Num total de, pelo menos, 2L;
  • Pode tomar suplementos alimentares , que por si só não engordam, mas podem abrir o apetite;
  • Manter o consumo de frutas e verduras, que vão normalizar o organismo para que ele absorva melhor os alimentos;
  • Tomar,até meia hora antes da refeição, um copo de sumo de limão ou laranja, ou comer um pedaço de maçã. Abre o apetite e faz como que se retenham melhor os sais minerais dos alimentos que se ingerem posteriormente;
  • IMPORTANTE: Não tente ganhar peso rapidamente, porque isso pode originar problemas de saúde!

Adaptado do livro "O prazer de emagrecer"

segunda-feira, 10 de março de 2008

Uma grávida deve ou não submeter-se a um regime alimentar especial?

Actualmente, observações clínicas com base em importantes descobertas publicadas pelo National Resarch Council (NRC) e a American Dietetic Association (ADA) indicam que uma correcta alimentação durante a gravidez evita a falta de defesas naturais, riscos de esterilidade ou de abortos, e os bebés apresentam pesos adequados e são mais saudáveis.
É portanto fundamental, ao planear a alimentação da mulher grávida, estabelecer a necessidade de calórica (a quantidade de proteínas e a sua qualidade), o conteúdo em vitaminas e sais minerais e a porção entre os vários alimentos.
Comer quantidade suficiente de alimentos e comer com regularidade, evitando hábitos de jejuar ou saltar refeições é também muito importante.

Exigências nutricionais:
1- As necessidades calóricas aumentam apenas a partir do terceiro ou quarto mês de gestação, porque o aumento do feto é a princípio muito pequeno e de pouco mais de 1g por dia. Às mulheres que iniciam a gravidez com baixo peso recomenda-se uma adição de 300 calorias à dieta normal, sendo o mesmo não recomendado a grávidas com excesso de peso ou obesidade. Os hidratos de carbono, as gorduras e açúcares fornecem a energia necessária (deve-se preferir os óleos vegetais, evitar chocolates, enchidos e fritos).

2- A quantidade total de proteínas recomendada é de cerca de 1,5g por quilo de peso corporal por dia. Em média, mais de 2g diários de proteína são utilizados para a constituição do novo ser. As proteínas são importantes para o rápido crescimento do feto, aumento do útero, glândulas mamárias, placenta, volume de sangue materno em circulação e para a formação do fluido amniótico. A American Dietetic Association apoia a posição de que a mulher vegetariana pode obter a proteína necessária para uma gravidez de sucesso se seguir uma alimentação ovolactovegetariana.

3- Recomenda-se à gestante um aumento de 400mg por dia de minerais para as suas necessidades e para a formação do esqueleto e dentes do feto. Recomenda-se também 30mg de ferro para suprimir as reservas para o desenvolvimento do fígado do feto, aconselha-se para aumentar em 30% a absorção de ferro incluir-se 45mg de vitamina C na mesma refeição. O iodo é um microelemento essencial às hormonas da tiróide e a sua carência leva à diminuição da função dessa glândula tão activa na gestação. A recomendação nutricional actual é de 200mg (microgramas) por dia. Encontra-se iodo no peixe, algas, espinafres e agrião.

4- A gestante garantirá as quantidades necessárias de todas as vitaminas e demais minerais se comer uma grande diversidade de frutas, verduras e legumes e se der preferência aos cereais integrais.

5- É importante adicionar diariamente 6 a 8 copos de líquidos: água, chás caseiros, sumos de frutas e sumos e caldos vegetais. Deve-se excluir refrigerantes (devido ao alto teor de açúcar) e bebidas alcoólicas.


Quantidades diárias:
Quantidades diárias recomendadas para cada grupo de alimentos, a fim de garantir uma ingestão óptima de nutrientes.

1. Pães, cereais e massas
6 a 11 porções, sendo 1 porção igual a:
1 fatia de pão integral
1 chávena de arroz cozido, ou milho, ou massa
2 panquecas ou waffer
8 bolachas de água e sal, ou 2 torradas
3 chávenas de pipocas
¾ chávena de cereais secos
½ chávena de granola

2. Hortaliças
3 a 5 porções, sendo 1 porção igual a:
2 chávenas de vegetal cru
1 chávena de vegetal cozido

3. Frutas
2 a 4 porções, sendo 1 porção igual a:
1 unidade de fruta crua
1 chávena de fruta cozida
1 copo de sumo de fruta
½ chávena de fruta seca

4. Leite e derivados
3 a 4 porções, sendo 1 porção igual a:
250mL de leite ou iogurte
80g de queijo naturalmente
60g de queijo processado
1 e ½ chávena de gelado ou iogurte congelado

5. Proteínas
6 a 11 porções, sendo 1 porção igual a:
1 ovo
80g de queijo de soja
90g de glúten ou de soja
1 chávena de feijões, lentilhas ou ervilhas cozidos
6 unidades de oleaginosas
1 colher de sopa de pasta de amendoim
1 colher de sopa de sementes


Adaptado da revista "Saúde & Lar"

Tipos de nutrição

Existem diferentes tipos de nutrição, o tipo de nutrição mais frequente é a nutrição oral. Esta é caracterizada pela ingestão dos alimentos. Para que seja possível recorrer a este tipo de nutrição, é essencial que o doente mantenha a capacidade de ingestão dos alimentos.
Quando não é possivel recorrer á nutrição oral, pode recorre-se á nutrição entérica ou nutrição parentérica.

Nutrição entérica é a designação genérica dada a todo o tipo de nutrição por sonda, logo é uma nutrição artificial. A nutrição entérica exige absorção, mas ultrapassa a ingestão e a mastigação. Os nutrien
tes são administrados, sob a forma líquida, em diversos locais do tubo gastrintestinal por intermédio de sondas.
As situações mais frequentes de aplicação de nutrição entérica são as da perturbação da deglutição e/ou mastigação, cirurgias do aparelho digestivo, problemas estomatologicos, anorexia, geriatria, convalescença após operações graves, HIV, escaras de decúbito, doentes do foro oncológico e, grandes queimados.

Nutrição parentérica constitui uma forma de administração de nutrientes por via endovenosa, ou seja, os nutrientes são administrados numa veia. Esta é destinada a situações nas quais o tubo gastro-intestinal está impedido de digerir ou absorver de forma permanente ou temporária a quantidade de nutrientes necessária a prevenir ou corrigir a malnutrição. É uma alternativa para administrar nutrientes a doentes incapazes de realizar a digestão gástrica e/ou a sua absorção intestinal.
Adaptado do site da "Associação Portuguesa Contra a Leucemia"

terça-feira, 4 de março de 2008

AÇÚCAR? OU ADOÇANTE?

Sabia que o adoçante pode provocar um maior aumento de peso que a ingestão de açúcar!?

Parece estranho,mas na realidade, o adoçante que por vezes se pede em vez do comum açúcar para tomar o cafezinho,pode engordar mais!
A explicação para este facto está na estimulação que a sacarina (vulgar adoçante) provoca no sistema digestivo,nomeadamente para a ingestão de uma grande quantidade de calorias. Se estas calorias não são ingeridas, o organismo fica desregulado e, consequentemente, pede mais comida ou queima menos calorias, o que provoca gradualmente um aumento de peso.
Esta informação foi fornecida pela revista científica "Behavioral Neuroscience".